sábado, 18 de junho de 2011

À mulher reprimida

E para o seu mundo tudo é vil
Tudo é sempre tão obscuro...
Todo improviso
Toda nova cor
Toda sensação...
E para o seu mundo tudo é privação
Tudo é sempre tão imoral
Tão obsceno
Tão reprovável
Tão discutível...

Levanta-te
Extirpa teu tumor maligno
Liberta a tua alma
Desnuda-te perante o espelho
Percorre a circunferência dos teus seios
Afaga teus lábios
Morda tua língua
Perceba-te vibrante
Aquecida
Enxaguada...
Erga tuas mãos aos cabelos
(Estão mais próximos que os céus)
Não te esqueças que são teus
E Deus não te imputarás pecado

Abraça-te
Sorria o teu melhor sorriso
Permita que o cantar daquele pássaro desopile teu ar cansado
Num processo redentor
Saboreie tua vida
Entrega-te ao amor

Nenhum comentário:

Postar um comentário